Artigos e dicas do médico ortopedista Dr. Bruno Massa sobre ortopedia pediátrica, cirurgia do pé e tornozelo e traumatologia.

Alerta para os cuidados com entorse de tornozelo

Veja quais são os cuidados para tratar a lesão

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Acidentes domésticos nas férias podem ser evitados

Todos os anos, de acordo com dados do Ministério da Saúde, em média, 125 mil crianças de até 14 anos são hospitalizadas em todo o Brasil em decorrência de diversos acidentes.

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Colônia de férias ou acampamento também precisam de orientações

Com a chegada do recesso escolar, muitos pais não podem acompanhar as crianças por conta da vida profissional, colônia de férias e acampamentos viram uma alternativa muito esperada pela maioria das crianças e adolescentes.

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Especial Férias

Atenção redobrada com as crianças

Nas férias, as brincadeiras ganham ainda mais espaço e até mesmo podem ficar mais radicais! Por isso, os pais devem priorizar a proteção dos pequenos. A maior parte das lesões e fraturas nas crianças são causadas por quedas e práticas esportivas.

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Conferencista Dr. Bruno Massa no 25º Congresso Brasileiro de Trauma Ortopédico (CBTO)

O 25º Congresso Brasileiro de Trauma Ortopédico (CBTO) aconteceu em Curitiba, de 9 a 11 de maio de 2019, o evento teve como objetivo o desenvolvimento de um programa de alto nível científico sobre o que há de mais moderno na traumatologia ortopédica. Discutiu as tendências atuais da especialidade, evidenciando os avanços científicos e tecnológicos.

49ª Jornada Paulista de Radiologia e 1ª Jornada de Radiologia Intervencionista

Em sua 49ª edição, a Jornada Paulista de Radiologia é um evento anual que aborda a Radiologia Geral e todas as suas especialidades. Reúne cerca de 20 mil pessoas e mais de 100 empresas de equipamentos e produtos radiológicos durante seus quatro dias. Em 2019 aconteceu também a 1ª
Jornada de Radiologia Intervencionista.

 

O Dr. Bruno Massa esteve no evento, do qual é possível obter maiores informações sobre o evento: https://www.jpr2019.org.br/

HealthTech Conference 2019

MEDICINA E TECNOLOGIA |

Faz parte da nossa rotina estudar e estar sempre atento às inovações, neste evento da StarSe, o HealthTech Conference 2019, tivemos a oportunidade de entender como a tecnologia vai interagir com o atendimento e com a promoção da saúde. Não foi uma aula técnica de ortopedia, por exemplo, e sim de inovação, o foco foi apresentar as novidades que as startups estão desenvolvendo no Brasil. Momento dedicado também para refletir e discutir a respeito das mudanças e tecnologias que irão impactar diretamente no dia a dia da área médica, essa atualização é fundamental para o nosso trabalho, que é oferecer o que há de melhor aos pacientes.

Confira as informações completas do evento no link a seguir: https://eventos.startse.com.br/healthtech/

Dr. Bruno Massa na Imprensa_Blog Jornal da Mulher

Atividade física traz benefícios para as crianças

Ortopedista ainda explica a importância de escolher atividades adequadas para as crianças

A busca dos pais pela atividade física ideal para seus filhos nem sempre é uma simples tarefa. Para conseguir encaixar algo que a criança goste, com o que faça bem para a saúde dela é necessário achar um equilíbrio. Nesse cenário, considerar o gosto da criança é o principal ponto, como destaca o ortopedista Bruno Massa. “É preciso lembrar que a criança não é um adulto pequeno. Por isso é importante que ela esteja motivada a desempenhar a atividade proposta”.

Para tal, o aconselhável é que a atividade desenvolvida seja lúdica, a fim de proporcionar à criança momentos de diversão e memórias afetivas daquela atividade. Dentre as existentes é possível destacar algumas com maior relevância para o período da infância:

  • Exercícios com bola: os esportes coletivos que usam bola são uma ótima opção para as crianças. Ao praticar futebol, vôlei, basquete ou qualquer outro esporte neste contexto, as crianças desenvolvem não só os músculos ao trabalhar diferentes regiões do corpo, como aumentam a consciência corporal, tendo mais dimensão de espaço e força a medida que praticam o esporte. Além, é claro, do senso de coletivo, fundamental para convivência em sociedade, qualquer que seja o âmbito.
  • Ginástica Rítmica ou Artística: embora sejam esportes que acabam relacionados ao sexo feminino com mais frequência, é importante destacar que qualquer criança pode fazer. Assim como no esporte com bola, a ginástica permite um grande conhecimento do corpo por quem a pratica, além de fortalecer a musculatura corporal de uma forma geral. O lado lúdico fica por conta de fitas e bolas, que podem ser utilizados de forma simultânea aos movimentos feitos de cada exercício.
  • Artes Marciais: lutas como judô, karatê e kung fu, além de auxiliar na educação do movimento ideal para cada parte do corpo, elas contribuem para a questão social, estimulando valores como respeito e cumplicidade entre os praticantes do esporte. As artes marciais também são conhecidas por um aumento da disciplina, o que contribui para um melhor desenvolvimento da criança tanto na parte pessoal quanto, futuramente, profissional.
  • Aulas de Circo: uma atividade que ganhou mais força nos últimos anos, envolvem exercícios comuns na área circense. O uso de tecidos é um grande aliado para adquirir maior resistência e condicionamento físico, sem causar um grande impacto na criança. O lado lúdico de estar a uma certa distância do chão na hora do exercício, costuma despertar interesse de quem desenvolve a atividade.

Claro que tirar a criança do sedentarismo e visar o lado da saúde é importante. Mas é preciso lembrar que, por estar com o desenvolvimento corporal ainda em curso, o corpo infantil possui algumas restrições que devem ser respeitadas. Dessa forma, lesões futuras podem ser evitadas e a criança pode praticar atividades sem perder o momento de diversão, conforme lembrado pelo Dr. Bruno Massa. “O ideal é que elas já tenham ossos e músculos mais maduros que permitam esse tipo de atividade mais intensa. Para isso é recomendável esperar a pré-adolescência ou mesmo a adolescência. Outro fator que deve ser considerado é o desenvolvimento psicológico da criança, já que antes dessa fase (pré e adolescência) ela deve ser estimulada às atividades mais lúdicas”.

Pé chato do adulto (pé plano valgo)

Embora muito frequente, o pé chato nos adultos – diferentemente dos casos pediátricos – não costuma ser um motivo de procura médica.

O chamado pé plano valgo flexível indolor é uma variação da anatomia normal, muito comum e presente desde a infância. Embora não impeça a prática de atividades esportivas, pode ser incorretamente avaliado como “pisada errada”. Na realidade, por se tratar apenas de uma variação da normalidade, não necessita de tratamento e a tentativa de “corrigir” pode, inclusive, gerar dor e lesões.

Desta forma, o pé chato do adulto costuma ser assintomático e passa a preocupar, quando causa dor.

Pessoas que não tinham pé chato e passam a ter (pé plano adquirido) também costumam procurar avaliação de um especialista. Nestes casos, os principais diagnósticos diferenciais são: a insuficiência do tendão tibial posterior, sequela de fraturas e artropatia de Charcot.

Insuficiência do tendão tibial posterior

A curva natural que temos na parte de dentro dos pés – chamada de arco plantar – é mantida ativamente por diversas estruturas, sendo o tendão tibial posterior uma das principais.

Durante a caminhada normal o tendão tibial posterior é ativado, modificando o alinhamento dos ossos e permitindo a transmissão de força para o solo. Quando se torna insuficiente, as outras estruturas de manutenção do arco ficam sobrecarregadas e o pé se torna progressivamente chato.

Essa patologia tem componente genético e sofre influência da alteração hormonal da menopausa, sendo portanto, mais frequente nas mulheres.

Muitas vezes pacientes com insuficiência do tendão tibial posterior são tratados por muito tempo de forma equivocada por dores secundárias (fascite plantar entre elas), sem que se identifique a causa principal.

Apenas em um estágio muito inicial da doença o tratamento pode ser conservador. Os demais casos envolvem uma abordagem cirúrgica.

Sequelas de fraturas

Fraturas que envolvem articulações costumam evoluir artrose (degeneração da articulação) e podem gerar perda do arco do pé.

Quando não há um perfeito alinhamento entre os fragmentos ósseos, após o tratamento da fratura (redução inadequada ou não redução das fraturas), a articulação pode sofrer degeneração e evoluir com perda do arco plantar.

Casos assintomáticos podem ser acompanhados, adaptando-se os calçados.

Independente da causa, se a mecânica do pé é alterada, perdendo-se o arco plantar, pode haver calosidade e dor. Nos casos sintomáticos, além da adequação dos sapatos, a correção cirúrgica das deformidades pode ser necessária para melhora da mecânica.

Artropatia de Charcot

De maneira resumida, essa doença é uma consequência da perda de sensibilidade do pé.

Em pessoas normais, traumas geraram dor e levam o individuo a proteger o pé: caminha-se com mais cuidado, até mesmo evitando o apoio do pé acometido, diminuindo a chance de novos traumas.

Com a perda de sensibilidade, ao ocorrerem lesões no pé, o paciente não percebe e as lesões vão se repetindo. Toda lesão gera um componente inflamatório – essencial para a cicatrização – mas, com os traumas frequentes, há manutenção e aumento do processo inflamatório, gerando um enfraquecimento dos ossos e provocando deformidade progressiva.

A anatomia do pé se altera, surgem pontos de pressão que, nesses pés insensíveis, podem se tornar calosidades e posteriormente ulceras.

Após o diagnóstico, o tratamento envolve a proteção do pé na fase inflamatória, a correção das deformidades residuais e a proteção das áreas de pressão para evitar o aparecimento de ulceras.

 

Joanete (Halux Valgo)

O que é Joanete

joanete é o desvio do primeiro dedo para a lateral do pé, ou seja, quando o “dedão fica torto em direção ao mindinho”.

Esse desvio é acompanhado de uma rotação do dedo, nos casos mais graves o primeiro dedo pode estar em cima do segundo. Nos casos mais leves podemos perceber apenas uma pequena saliência na parte de dentro do pé. Frequentemente é associado a dor e calosidade na planta do pé (metatarsalgia).

A deformidade progride de forma variada e costuma ser mais acentuada em pessoas com história familiar, frouxidão ligamentar e pé chato. Por isso, não se pode afirmar que um joanete leve sempre evoluirá para um grave, isso é muito variável e deve ser avaliado caso a caso.

Causas

Origem multifatorial: tem associação genética (história familiar) e o calçado de “bico fino” pode acelerar a evolução da deformidade, sendo portanto, muito mais frequente nas mulheres.

Ilustração da Joanete

Sintomas

O mais marcante é a aparência. Na maioria das vezes essa é a queixa principal. Além do aspecto estético, a dor na parte interna do pé é outro sintoma frequente, em geral causada pelo atrito com o calçado.

A sobreposição do primeiro com o segundo dedo pode gerar deformidades nos dedos menores e dificultar o uso dos sapatos.

A alteração mecânica gerada pelo joanete pode propiciar o aparecimento de vermelhidão e inchaço na parte interna do pé, diminuição da sensibilidade do halux, calos e metatarsalgia.

Diagnóstico

Um exame físico adequado é suficiente para realizar o diagnóstico. Aspectos mecânicos do pé (pé chato ou pé cavo, presença ou não de calosidades, metatarsalgia) são fundamentais para avaliação completa.

Exames complementares são importantes como auxiliares e tem mais valor na documentação da evolução. A radiografia dos pés com carga identifica os desvios ósseos e sempre deve ser solicitada. Outros exames como ressonância e tomografia podem verificar outras deformidades ou lesões associadas, mas só devem ser solicitados quando houver suspeita.

Tratamento

O tratamento inicial é sempre clínico, ou seja, não cirúrgico. Uma cirurgia feita sem necessidade pode se tornar mais incômoda que o próprio joanete. Toda cirurgia pode ter complicações e, por isso, o risco e o benefício devem ser analisados com muito cuidado, SEMPRE antes do tratamento.

Na maioria das vezes, a dor é causada pelo atrito com o calçado e melhora consideravelmente com a adequação desse. Calçados confortáveis são fundamentais. Modificar e evitar hábitos que provoquem a dor também é fundamental.

Existem diversas cirurgias descritas para o tratamento dos joanetes, dependendo do grau da deformidade bem como das deformidades associadas. A correção inclui o reposicionamento do dedo com alinhamento ósseo e ajuste da capsula articular. É importante que todas as deformidades sejam corrigidas (incluindo as deformidades dos dedos menores e metatarsalgia).